sexta-feira, 28 de julho de 2017

Minha Jornada com Transtornos Mentais


Eu sempre soube que tinha alguma coisa de errado, parte de mim sempre soube,  que se sentir tão mal assim, não era normal, mas eu preferi  ignorar, preferi  dizer para mim mesma, que era só um dia ruim, mesmo que esse dia ruim, durasse muito mais do que só um dia.
Então as coisas mudaram e eu me encontrei no escritório de uma psicóloga, que me disse na primeira sessão, que eu tinha depressão, aquela parte de mim, que sempre soube se alegrou com a possibilidade de receber tratamento e ser alguém melhor no futuro, mas mesmo assim, eu escolhi permanecer cética, eu não era uma daquelas pessoas, eu não ficava só chorando, eu tinha só alguns dias ruins, mas eu não era, eu não podia ser maluca.
“Eu simplesmente não conseguia admitir”
A primeira pessoa que foi preconceituosa, foi eu mesma, e até mesmo quando eu aceitei, que eu precisava de tratamento, eu não conseguia, admitir o que eu tinha, nem mesmo para os meus pais, que sempre formam a minha maior base.
Mas as coisas mudaram e eu tive uma crise na escola , que depois de perceber,  que não conseguiria lidar com o problema,  chamou meus pais e eu me vi tendo que admitir em voz alta o diagnostica com o qual eu tanto lutava, eu tinha muito medo que meus pais não entendessem, nem eu entendia completamente o que tinha de errado comigo.
“Existe tanto preconceito ao meu redor que eu vou escondida à psicóloga”
Acontece que os meus pais me apoiaram, eles me apoiaram muito e eu logo parei de ter tanto medo da palavra com d, que me causava calafrios á noite, depois disso, eu queria contar para as pessoas ao meu redor que eu estava doente,  eu tinha aceitado que ter um transtorno mental, não era nenhuma vergonha.
“1 em cada 10 pessoas, sofre de algum tipo de doença mental no mundo,  são 400 milhões de afetados. Problemas de saúde mental ocupam o quinto lugar na lista de doenças incapacitantes, sendo que dentro do Brasil,  o numero de pessoas afetadas cresceu 200 por cento.”
Transtornos mentais são bem mais comuns do que parecem, mas mesmo assim, quando eu comecei a me abrir para as pessoas, eu encontrei um grande numero de ceticismo,
 “Mas qual é o problema,  ela só fica chorando o tempo todo ¿”
Eu ouvi que era tudo frescura, que minha vida era muito boa e que eu deveria parar de fazer tanto mimimi e só ser normal, as pessoas não entendiam que eu queria, eu queria muito ser normal, mas eu só não podia ignorar mais toda aquela dor.
“As pessoas não levam a sério”


E eu não ignorei, eu preferi ouvir as outras pessoas que realmente zelavam por mim, me dando apoio e com o tempo, eu fui saindo daquele buraco escuro no qual um dia me enterrei, eu não tenho uma receita, mas eu tenho certeza que uma coisa me ajudou muito: Acreditar em mim mesma, todas as outras pessoas podem me decepcionar, mas eu me conheço e sei que posso atravessar, não importa o quão escuro o oceano esteja.


Considerações dos Colaboradores


As pessoas tem falta de empatia com pessoas com transtornos, elas não sabem como é, como a pessoa se sente, ela acha que é algo, elas acham inúmeras coisas e isso é ruim! as pessoas precisam ter empatia por quem tem transtornos e entender que as coisas não são tão simples assim quanto parecem.
Não é legal ter ansiedade, não é legal ter ataque (seja de pânico, ou etc), não é legal as pessoas olharem pra você como se você fosse anormal apenas por ter um problema - Débora Fernandes

E eu quero dizer que se você sofre de depressão, saiba que você não está sozinha, tá? Não tenha medo de pedir ajuda, não tenha vergonha de dizer como se sente, seja pra um amigo ou psicólogo, lembre-se sempre de quem você é, o quão forte e incrível você é!- Tata Alvim

2 comentários:

  1. me senti assim minha vida inteira sempre fui acusada de incapaz e cheia de xiliques hoje ainda sofro demais com esse transtorno até já acostumei mais é difícil demais conte comigo em tudo que precisar te amo demais e sei que Deus nos dará solução

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  2. Awnnnn <3 , Conte sempre comigo também.

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