Eu lembro o momento, que descobri que te amava, foi em uma segunda, eu sempre odiei segundas, são muitos dias até o fim de semana, mas, você ama segundas, é dia de recomeçar, de acreditar que, o impossível poderia ser possível, você sempre diz em defesa desse dia horrível.
Essa é uma característica forte em você, acreditar no difícil, no quase impossível
e com essa crença, que você fazia as coisas mais idiotas na segunda. Como criar um vinculo de um ano com uma academia, sendo a pessoa mais sedentária que eu conheço, você não foi muito, mas quando ia, ainda parava na nossa doceria preferida e comprava mais do que podíamos comer em doces.
Essa era uma segunda, na qual você estava extraordinariamente de mal humor, desgraçado, uma coisa levou a outra e logo tivemos nossa primeira discussão, eu nem lembro o motivo, mas na hora, realmente me magoou e eu tive certeza, que essa seria a briga, que nós acabaríamos, nós sempre fomos orgulhosos e eu não tinha a menor fé, que você engoliria seu orgulho, mas em menos de uma hora lá estava você, com um olhar de cachorro perdido e o meu chocolate preferido, em alguns minutos, eu nem lembrava que tivera uma briga, porque você tinha esse efeito sobre mim, onde tudo parecia irrelevante perante a nós dois juntos, pelo menos nos primeiros meses, depois vieram os problemas.
Mais brigas, crises de choro, palavras más, sendo trocadas com o intuito de apenas de machucar um ao outro, eu não sei o momento, no qual nós viramos inimigos, matando um ao outro com palavras, motivados por um cotidiano complicado e pela exaustiva rotina, mas eu lembro do momento que percebi, que isso não podia continuar, que o tempo não iria voltar e que nós só iriamos nos machucar, e o momento no qual, eu gritei aquelas palavras e corri pela porta. É o que eu revivo todas as noites, você não foi atras de mim e foi quando paramos de ser um.
Eu te amo e sinto sua falta, eu não quero voltar, nós tivemos nossas razões e elas são tão validas quanto sempre, mas eu ainda sinto sua falta.
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